[Percy Jackson and the Olympians] Seven Souls

Nome da Fanfic: Seven Souls (ou Sete Almas para os anarfabetus)
Nome do Autor: Spirit (quem mais?)
Gênero Principal: Ação, comédia, aventura, e o que der na telha
Em que foi foi baseada: Na coleção de Livros Percy Jackson e os Olimpianos, mas especificamente, no livro The Last Olympian
Recomendação Etária: 13+
Uma pequena Sinopse da História:

Porque quando achamos que tudo está calmo, o fim do mundo recomeça? Tipo, Titãs não tem mais o que fazer da vida? Pois nós, Semi-deuses temos! Estava tudo bem e feliz, calminho, e agora os Titãs se libertam, vozes desconhecidas nos chamam e coisas nos marcam! Ah, claro, é a Segunda Grande Profecia acontecendo! Você provavelmente deve achar que é uma fic boa (ou não) e divertida, porque é só mais um humano comum e normal. Queria ter essa sorte.

“Sete meio-sangues devem atender o chamado.
Pela tempestade ou fogo, o mundo deverá cair.
Um juramento deve manter um ultimo suspiro,
E inimigos carregaram suas armas para os portões da morte.”

[color=red]Capítulo Um, Percy:
Boas e Más lembranças voltam[/color]

Dez anos. Já fazia dez anos desde que todos os campistas do Acampamento Meio-Sangue, o refúgio daqueles como eu, haviam se reunido para lutar juntos no centro de Nova York. O centro da Civilização Ocidental, do Olimpo. Já fazia dez anos desde que o senhor dos Titãs Kronos se fora, os deuses menores tiveram seu lugar no acampamento, todos os Semi-deuses desconhecidos começaram a surgir, eu recusei a imortalidade.
Meu nome é Percy Jackson, filho de Poseidon. Era um dos poucos Meio-sangues, meio humanos, meio Deuses olimpianos, que chegavam à idade adulta, e um dos realmente muito poucos que sobreviveram por mais dez anos depois da queda de Kronos. Sete anos antes eu havia deixado pela última vez o que havia sido meu segundo lar, mas agora estava de volta.
Estava ansioso por voltar. Ansioso para rever os chalés em forma de retângulo de todos os deuses, os novos heróis, Quíron, nosso mentor centauro, e até mesmo o Sr. D, o deus do Vinho, Dioniso. Dez anos atrás, jurava que jamais sentiria a falta do diretor. A chuva continuava a cair, mas logo notei que era apenas uma chuva de verão, e que logo se dissiparia, e sabia que as barreiras mágicas a manteriam afastada.

Parei o Volvo num canto da estrada, onde, durantes minhas férias de doze anos, minha mãe havia parado, depois de ter o carro de meu primeiro padrasto destruído. Subi pela colina aparentemente comum, a grama alta batendo nos meus joelhos, até chegar ao marco do fim do mundo dos mortais. O grande pinheiro que outrora guardava o espírito da Filha de Zeus, Thalia, ainda trazia o Velocino de Ouro preso em um de seus galhos baixos. Peleus, o dragão que fora designado ainda filhote para guardá-lo, estava agora adulto e assustadoramente gigantesco. Como sempre, tirava um cochilo enroscado na árvore.
Enquanto descia pela colina, olhava para todos os lugares. Havia coisas no Acampamento Meio-Sangue que não tinham mudado, o anfiteatro, a arena, os estábulos dos pégasus, e a Casa Grande. Eu passei por ela, lembrando quando ainda tinha medo de entrar devido ao corpo do antigo Oráculo, mas agora o perigo era acordar o Sr. D. antes do meio-dia. O que devo informar que é um risco bem sério.
Finalmente cheguei no refeitório, e quase não o reconheci. Das treze mesas antigas, só a principal havia se mantido, e a sua volta se espalhavam inúmeras mesas menores, quase todas desocupadas. Eram umas nove horas, quando todos os alunos corriam para suas atividades, mas num canto, uma massa de garotos tinha formado um círculo compacto, se empurrando para assistir alguma coisa.
Fui até lá, afastando os campistas com certa facilidade, até conseguir ter uma boa visão do que acontecia. Em uma das mesas, havia uma garota e dois garotos golpeando-se com espadas. A garota devia ter dezesseis anos, os cabelos loiros e lisos presos em um rabo de cavalo, e olhos em tom de verde-mar. Era a única que usava uma camisa do acampamento, com um short curto que parecia ajudar em seus movimentos ágeis, quase uma dança.
O maior dos garotos devia ter dezoito anos, alto e com músculos definidos. Tinha cabelos curtos em tom castanho, com olhos azuis escuro, como um céu tempestuoso. Usava um colete militar sobre uma camisa vermelha, jeans preto e botas de combate escuras.
O último era o menor, com uns quatorze anos, pálido e inacreditavelmente magro. Seus cabelos eram preto acetinados, da mesma cor que seus olhos, meio psicóticos. Usava jeans rasgados, uma camisa preta do Iron Maden, tênis de cano alto, e o que chamou minha atenção, o anel de caveira de Nico, o primeiro filho de Hades, que ele deixaria para o próximo conselheiro do chalé 13.
Desviei os olhos para suas espadas. A garota tinha uma espada fina, de bronze celestial, e com um cabo incrustado com uma pedra azulada, que lançava prismas contra a luz do sol. A do rapaz era longa e sem adornos, somente um raio desenhado no punho. A do outro era negra e longa, obviamente metal do Styx, com uma caveira em cada gume. As lâminas se chocaram de novo, produzindo faíscas e gritos empolgados dos garotos a volta.
O que estava acontecendo?

- Parem com isso! – ouvi uma voz conhecida exclamar. Me virei a tempo de ver Quíron se aproximar a meio galope, e passar pelos outros garotos, que se afastavam. Estava exatamente como eu me lembrava, exceto pela irritação.

Os três pararam ao ouvir Quíron, mas enquanto ele se aproximava o garoto de Hades abaixou a lâmina e fingiu atingir o peito do mais velho. Ele tropeçou, pego de surpresa, e segurou o ombro da garota para tentar não cair. Como ele era maior, ambos caíram da mesa para a grama fofa do chão.

- Grayson! - ralhou Quíron, finalmente chegando até a mesa. – Eu achei que tinha deixado bem claro que essas lutas fora da arena são...
- Demais! – gritou um garoto mais atrás, mas era impossível dizer quem foi.
- Isso é verdade. – concordei, indo até lá. – No meu tempo lutas não traziam tanta gente pra ver.
- Percy? – Quíron se virou confuso, e voltou a sua velha expressão calma. – Achei que só viria mais tarde.

Eu estava prestes a responder, quando a garota de cabelos loiros se levantou. – Percy Jackson? Tipo, o Percy Jackson, do Poseidon?

- Sou eu. – respondi, tentando não corar, porque nunca lidei com essa coisa de ser... conhecido.
- Eu sou Katie Ellison, - ela respondeu, e sua espada tomou a forma de uma presilha que colocou nos fios claros que estavam fora do lugar. – Conselheira do Chalé 3.

Acenei com a cabeça meio aturdido ao saber que Katie era um dos meus meio-irmãos que foram descobertos. Fiquei realmente surpreso ao saber que havia outros filhos dos Três Grandes não reconhecidos. Notei só então que o rapaz de olhos azuis estendeu a mão para mim.

- Jake Sully, - ele quase quebrou meus dedos quando apertei sua mão. – do Chalé de Zeus.

Jake realmente se parecia muito com Thalia, exceto que sua meia-irmã teria levantado e tentado decapitar quem a derrubasse como o garoto de Hades fizera. Olhei para ele, que estava sentado na mesa, a espada na mão e o mesmo olhar meio assassino para mim.

- E você é... – tentei ser sociável, porque aprendi por experiência própria que os filhos de Hades se ofendem fácil e costumam guardar rancores.
- Grayson Pierce. – ele retrucou, quase hostil. Grayson tinha a mesma aparência de Nico quando andava com fantasmas como Minos, só que pior. A distância que as pessoas mantinham dele deixava claro que não era frio assim só comigo
- Percy, é melhor nós irmos, temos uma reunião assim que o Sr. D levantar. – disse Quíron. Concordei, feliz por sair do olhar de tanta gente, e me virei para Katie, que como conselheira iria conosco, embora ainda não soubesse por quê.

Meu queixo caiu ao ver que ela estava sobre as costas de Jake, tentando dar-lhe uma chave no pescoço enquanto ele se sacudia. Eles estavam rindo feito doidos. Gray passou quase correndo por mim, e pude ver o olhar gélido que lançava os dois antes de se afastar.
Nas duas hora seguintes, revi totalmente o Acampamento, o lago, a floresta, com mais ninfas agora, a formação rochosa Punho de Zeus, o meu velho chalé, que estava vazio, mas agora tinha algumas camas junto a que me pertencia. Estava indo em direção aos estábulos, pensando se Blackjack ainda estava lá, quando Quíron me levou de volta a Casa Grande.

Rachel estava lá, e não havia mudado em nada o seu jeito, mesmo tendo passado um ano em uma escola de etiqueta. Continuava a usar roupas incomuns, mas seus cabelos ruivos estavam curtos. Com ela, Quíron e o Sr. D estavam os novos conselheiros dos chalés. Shaunee Cole, uma afro-americana de olhos castanhos e cabelos pretos e longos comandava o chalé de Afrodite. Do chalé de Hermes vinha um garoto alto e loiro, de olhos negros, chamado Mike Newton. De Hefesto, um rapaz musculoso de cabelos cortados rentes chamado Viktor Krum. A conselheira de Deméter era Elena Gilbert, uma garota de cabelos castanhos, e feições muito parecidas com a mãe. De Ares, William Lennox, que era uma versão masculina e mais assustadora de Clarisse, minha antiga rival. De Apolo, um garoto que me lembrou Luke, um grande amigo que se juntara a Kronos, antes de destruí-lo, só que de olhos castanhos, Arthur Penhaligon. Do chalé de Atena, reconheci Malcom, um dos irmãos pequenos de Annabeth. Por fim, Katie, de Poseidon, Jake, para minha surpresa, de Zeus, e Grayson de Hades.

- Ótimo, agora que o Johnson chegou, - tive vontade de revirar os olhos com a típica troca de nomes do Sr. D. – Podemos começar.
- Então, - quis quebrar o silêncio que caiu. – porque nós estamos aqui? Exatamente.
- Vários Meio-sangues estão sumindo. – disse Malcom. Eu era o único que não sabia disso.
- Sumindo?
- Sendo levados. – esclareceu Elena. – Por monstros.
- Isso não parece tão estranho. – disse, ainda sem entender.
- Mas vários deles foram encontrados perto do Monte Tam. – senti meu coração pesar ao pensar no antigo quartel general de Kronos. – E não é só isso. Hyperion escapou de sua prisão e Oceano não foi mais visto no reino de Poseidon.
- Mas por quê? – eu estava confuso demais agora. Oceano havia sido derrotado pelo meu pai e se escondido, e Hyperion estava preso à terra pelo poder dos sátiros, mas havia conseguido escapar.
- Não sabemos. – respondeu Quíron.
- Na verdade, - retrucou Grayson, frio como sempre. – acho que sim. Os fantasmas dos Meio-sangues disseram que os titãs estão planejando alguma coisa. Algo grande, mas não entendo muito, porque na maior parte do tempo falam coisas sem sentido.

O silêncio foi total depois daquelas palavras, mas logo a reunião tomou um rumo mais ameno, como os problemas dos conselheiros dos outros chalés, mas não prestei atenção. Ainda tentava encaixar o que ouvira com a lógica, sem sucesso.Voltei ao meu antigo Chalé, e deitei na minha cama, que parecia muito menor, com a cabeça zunindo. Estava tão cansado que o sono veio quase imediatamente.

No meu sonho, estava seguindo um homem. Devo avisar, nós Meio-sangues não temos sonhos comuns, e sim visões, passadas e presentes. O homem era alto e com ombros largos, mas não consegui ver mais pois usava um longo sobretudo e um chapéu abaixado sobre o rosto. Ele parecia deslocado no lugar onde estava.
Parecia ser um hotel, gigantesco, com bares, jogos eletrônicos e pessoas para onde quer que eu olhasse. Eu conhecia aquele lugar. O Hotel e Cassino Lótus parecia perfeito, mas eu sabia que era uma armadilha, pois lá dentro, o tempo quase não passava, e aos poucos você se esquecia da vida longe dele. O desconhecido passou pelas pessoas com passos largos, sem ser notado, e eu o segui.
Nos afastávamos cada vez mais dos jogos e dos bares, seguindo por um labirinto de corredores, até que ele parou na frente de uma porta no chão, um porão. O homem chutou a tranca, mas quando a porta abriu, uma nuvem negra subiu, tomando o corredor. Quando ela passou, ele ainda estava intacto, mas seu sobretudo estava quase em farrapos, revelando uma armadura negra com adornos em prata.

Ele rosnou alguma coisa enquanto descia uma escadaria de pedra, mas estava ocupado tentando seguir sua marcha. Pareceu uma eternidade para chegarmos ao fim dela, onde havia uma porta de madeira forte, mas comum, que o cara de armadura arrebentou. Lá dentro parecia uma prisão, com paredes de pedra escura, sem janelas, iluminadas apenas por tochas. Uma pessoa se levantou de algum canto no escuro e parou contra a parede, impedindo que eu a visse melhor.

- Quem é você? – perguntou, sua voz feminina em tom cauteloso.
- Você não reconhece seu tio, Jane? – o homem disse, um tanto sarcástico. – Sou Krios, Titã do Sul.
- Titã? – Jane bufou. – Nenhum Titã, nem Deus, me procurou além de meu pai. O que quer?
- O mesmo que você. – rebateu Krios. – Liberdade... e vingança.
- Há quanto tempo estou presa aqui?
- Um pouco mais de duzentos anos. Estamos no século XXI.

Ela retrucou para Krios desafiadora. – Se já estou aqui a duzentos anos, porque só agora veio a mim?
- Porque Kronos caiu, pelos filhos dos Deuses. Eles estão fracos e desprotegidos, sem desconfiar do nosso maior plano. Mas...
- Precisam agir por meio de um Meio-sangue. – interrompeu Jane. – Um que não os trairá.
- Você é esperta, gostei disso. – respondeu Krios, satisfeito. – O que me diz?
- Vamos matar uns Heróis.

Obervações Finais:
1- Para aqueles que nunca leram os livros, ou não terminaram a série, tentarei explicar tudo ao máximo para melhorar o entendimento.
2- Os nomes dos personagens são baseados em outros livros ou filmes. Porque? Porque eu quero.
3- Porque não dá pra mudar a formatação? ._.