[Digimon] Digimon: O Cálice Sagrado

Assunto: [Digimon] Digimon: O Cálice Sagrado Ter Jun 30, 2009 8:30 pm

Olá. Esta é minha curta fic de Digimon. Se passa um ano após os eventos do final de Digimon Adventure 02, e, obviamente, estarei usando alguns dos personagens destas duas temporadas anteriores, e seus digimons. Bom, aqui vai a ficha:

Citação :: Nome da Fanfic: Digimon: O Cálice Sagrado.
Nome do Autor: Leonardo.
Gênero Principal: Aventura, Ação, Romance e Mistério.
Em que foi foi baseada: No anime Digimon
Recomendação Etária: 13+
Uma pequena Sinopse da História: Quatro adolescentes estão acampando numa floresta em Odaiba, juntamente com seus parceiros digimons. Um estranho objeto cai do céu, e o grupo resolve ir investigar. Eles chegam numa casa abandonada e encontram o “Cálice Sagrado”, artefato feito por Alphamon, para proteger uma das ilhas do Mundo Digital. Um dos digimons lê uma frase em latim, fazendo com que um portal surgisse do nada, os sugando para dentro. Agora eles buscam um meio de sair daquela ilha, e voltar para casa, passando por vários locais.

Digimon: O Cálice Sagrado

Capítulo 0 – Prólogo

Assunto: Re: [Digimon] Digimon: O Cálice Sagrado Ter Jun 30, 2009 8:33 pm

~~ Parte 2 ~~

As tendas eram bem simples. Todas verdes, com um tecido bem resistente, feito especialmente para acampamentos em florestas e matas. Por dentro delas estavam os digimons e seus parceiros. Uma lamparina fora pendurada em cada uma delas, para iluminar a total escuridão naquela clareira. Apenas a fraca luz da lua emitia alguma claridade, juntamente a luz da lamparina. As mochilas dos adolescentes também estavam dentro das tendas; cada uma com suas coisas, como roupas, comidas enlatadas, talheres, entre outros.

As lamparinas continuaram acesas. A noite estava muito fria, e os humanos estavam bem agasalhados. Todos estavam dormindo, num silêncio total. A floresta estava muito calam por sinal, mas este silêncio seria interrompido, dentre de alguns instantes.

[...]

Nos céus de Odaiba, praticamente acima da floresta, bem acima, um pequeno objeto descia em direção às árvores. O objeto era muito pequeno, do tamanho de um copo, para ser mais exato parecia ser um cálice. Ele estava brilhando intensamente, em um tom dourado e amarelo, ao mesmo tempo. A velocidade em que o objeto descia fazia com que uma espécie de cobertor vermelho escuro ficasse em volta do objeto, parecido com o de um meteorito.

A velocidade da descida do objeto era muito alta. Não se sabia se o objeto iria cair na cidade ou na mata, que ficava próxima a cidade, mais ou menos uns 20 quilômetros de distância. Meteorologistas avistaram isto, e tais imagens foram parar na televisão de Odaiba. Os civis da cidade que estavam atenciosos à TV ficaram mais ainda. Poderia ser uma catástrofe total se o objeto se chocasse com o solo, causando até uma explosão enorme, fazendo com que metade da cidade fosse destruída pela força do impacto.

Quase a cidade inteira saiu nas ruas para ver o fenômeno. A maioria ficara receosa, mas pensaram que era mais um daqueles digimons, em que o povo de Odaiba já estava acostumado a ver, todos os dias. A previsão foi concreta: Estava caindo na direção da floresta.

Na casa dos Yagami, a mãe de Taichi estava com muito medo, temendo que algo viesse a ocorrer com seu filho mais velho. Ela tinha lembrado que havia avisado ele à não ir, mas ele não escutou.

~ Flashback ~

Há uma semana atrás, Taichi Yagami estava tentando convencer sua mãe e seu pai a deixarem ele ir à um acampamento, juntamente com seus amigos, na qual seus pais já haviam conhecimento sobre eles. Estavam na sala de estar, discutindo sobre tal assunto.

- Deixa mãe!? Deixa pai?! Vai ser somente duas semanas, eu prometo! - Tai implorava para seus pais o deixarem ir acampar com seus amigos.
- Não e não! Eu já disse, com esses monstros espalhados por aí, você pode acabar ficando ferido! - Respondeu a senhora Yagami, nervosa.
- Mas senhora, eu prometo que cuidarei do Tai! Deixa, por favor?! Eu sou bastante forte, posso cuidar de mim e dele! Fora que mais 6 amigos nossos vão também. Então não há nada a temer! - Explicou Agumon, a fim de que a mãe de Tai deixasse eles irem.

Ela pensou um pouco. O pai de Tai pouco se importava, pois acreditava no filho, e que ele poderia se virar muito bem com Agumon e seus outros amigos. O senhor Yagami puxou a senhora Yagami para a cozinha, a fim de conversar um pouco.

- Bemzinho... Deixe-o ir. Faltam apenas duas semanas para o fim das férias dele, e ele só brincou na rua, e saiu com os amigos. Larga um pouco do pé dele, ele deve sair um pouco, viver umas aventuras... - Disse o pai de Taichi.
- Mais aventuras? Esqueceu que ele já foi para o tal de Mundo Digital com aqueles amigos dele, e com aquele dinossauro super estranho? - Ferozmente, ela disse, e tinha razão.

Agumon ficou curioso e foi na cozinha, escutar a conversa dos pais. Ele sabia que estavam a falar dele, que ele trazia ruínas à família.

- Tá, eu vou cuidar dele... Cuido bem, eu prometo... - Afirmou Agumon, abaixando sua cabeça.

Os pais de Taichi retornaram à sala, e viu que o filho e a filha, Hikari, estavam a assistir um programa infantil, que passava todos os dias, sobre digimons. A mãe chamou a atenção do filho.

- Taichi, eu tive uma conversa com seu pai, e... Vamos deixar vocês irem, mas... -
- Weeeeeebaaaaa!!!! - Tai e Agumon pularam de alegria, ao receberem a notícia de que poderiam passar o resto das férias acampando na floresta. - Sim, mas o que?
- Você não levará sua irmã. Ela é muito jovem para ir acampar com vocês adolescentes, mas numa próxima eu deixo. Felizes? - Explicou a mulher.
- Claro! - Disseram Agumon e Tai.
- Ah, que pena... Não poderemos nos aventurar desta vez... - Disse Tailmon, uma digimon felina, de coloração branca. Ela aparentava ser a digimon parceira de Hikari, irmã mais nova de Taichi.

Agumon e Tai estavam super feliz da vida. Finalmente iriam ter férias dignas, após semanas sem fazer nada o que preste, fora praticar esportes, navegar na internet e fazer umas pequenas visitas ao Mundo Digital. Os pais também se sentiram felizes, ao ver que a felicidade do filho havia sido realizada. Porém, por outro lado, Tailmon e Hikari não estavam nada contentes. Hikari era muito jovem, aparentava ter uns 13 anos. Ela havia embalado um namoro sério com Takeru Takaishi, mais conhecido como T.K., o irmão mais novo de Yamato Ishida. Mas, mesmo assim, continuava triste, pro não poder ter ido ao lado de seu irmão e dos digimons acampar.

~ Fim do Flashback ~

O cálice estava preste a colidir no solo, mas atravessou uma casa, que estava abandonada, em meio à floresta calma e silenciosa. Por pouco o objeto não havia tocado no chão; pelo contrário, quando ia tocar o solo da casa, ele, subitamente, parou no ar, faltando poucos centímetros de altura do solo. Se aquilo houvesse tocado o piso sujo da casa, iria causar uma grande explosão, que iria devastar árvores para todos os lados da floresta, e os habitantes de Odaiba iriam ficar preocupados, mas nada de mal ocorreu. Fora o grito que foi dado, fazendo com que o grupo de adolescentes acordasse de repente, no meio daquela silenciosa madrugada.

- SOCORRO! - Gritou a voz, dentro da casa abandonada, onde o cálice havia caído.

Rapidamente os humanos na clareira trocaram suas roupas, guardaram tudo de volta nas mochilas e foram para fora das tendas.

- Merda! O que foi isso?! - Questionou Taichi, sem entender nada.
- Estava sonhando um sonho tão bom... - Disse Biyomon, passando suas patas em seu rosto.
- Devemos ir checar Tai? - Questionou Agumon ao parceiro humano.
- Acho que sim... O que acha Sora?
- Bem, to nessa. Mas não devíamos arru... -
- SOCORRO!

Novamente, a mesma voz que soou da casa abandonada clamou por socorro. Os jovens não entendiam porque alguém - humano ou digimon - iria pedir socorro. Com certeza, se o cálice tivesse atingido ela, estaria morta numa hora dessas. Mas decidiram ir checar.

- Tudo bem. Vamos Gabumon! - Matt começou a andar em direção às árvores, com sua mochila nas costas, sem saber onde ficava a tal casa.
- Es-espere por mim! - Gaguejou o lobo, logo após seguindo seu parceiro.
- Tome cuidado, amor! - Gritou Palmon, receosa.

Assim, Matt saiu correndo por entre as árvores ao redor da clareira, juntamente com Gabumon, e desapareceu. Restaram ali no local somente Taichi, Mimi, Sora, Agumon, Palmon e Biyomon que, assustados e receosos, preferiram ficar ali, ao invés de seguirem o amigo corajoso.

Ficaram um fitando a cara do outro sem parar. Não sabiam o que faziam, se seguiam atrás de Matt e Gabumon, ou se voltavam a dormir. Ficaram impacientes de tanto se olharem, sem fazer nada.

- Devemos tomar atitudes! Opiniões? - Questionou Taichi, ao resto do grupo.
- Hum, queria dar uma mordida no peixe, depois vamos dormir... - Disse Agumon, novamente acariciando sua barriga.
- Você não cansa de tanto comer não, hein? Jesus! - Resmungou Mimi.
- Olha, pessoal. Acho que devemos ir até a tal casa. Talvez alguém esteja correndo perigo, ou até um digimon selvagem esteja atacando um humano, ou outro digimon inocente! - Disse Biyomon.
- Sim, a Biyomon tem razão. Vamos ou não? - Perguntou Sora, cruzando seus braços.
- Ta bem, vamos logo. Peguem suas mochilas, e vamos embora. - Falou Taichi.
- Mas, e as tendas? - Perguntou Palmon.
- Deixemo-as como estão. Vamos voltar pra dormir depois mesmo. - Respondeu o menino.
- Se voltarmos, né... - Pensou Biyomon.

O grupo estava decidido. Iriam seguir Matt até o local do pedido de socorro, mas ele não estava mais ali, então teriam que ir sozinhos. Cada um pegou sua mochila, apagou as lamparinas de dentro das tendas e fecharam os zíperes da mesma. Retiraram uma lanterna das mochilas, e começaram a andar, em direção à extensa mata, sem saber onde ficava a tal casa abandonada. Estavam seguindo passos humanos, cravados na terra, que estava úmida. Ao parecer eram marcas dos tênis de Matt. Estavam bem receosos e curiosos, pois sabiam que a qualquer instante poderiam ser atacados, principalmente por ser aproximadamente 2 horas da madrugada.

- Nossa, ta muito frio mesmo... Pelo amor de Deus! - Resmungou Taichi, cruzando seus braços e passando suas mãos no corpo.
- Pare de reclamar! Bem que sua mãe avisou você pra trazer roupas de frio. E o que você disse? Mas mãe vai estar calor... Você é um burro! - Disse Mimi, nervosa com a fala de seu amigo.
- Ta, mas continua frio do mesmo jeito! - Respondeu Taichi.
- E eu continuo com fome, Tai! - Novamente o pequeno dinossauro acariciou sua barriga.
- Ta bem, Agumon. Quando nós virmos o que ocorreu com o ser que pediu socorro, nós comeremos... - Disse Tai, para aliviar a espera do monstrinho por comida.

Quando notaram, já não havia mais pegadas no solo úmido. Mimi e Sora estavam tremendo, receosas de que algo ou alguém houvesse pegado Matt e Gabumon.

- As pegadas pararam! Sumiram! - Disse Mimi, surpresa.
- É o que parece ser... Tem alguma outra idéia aí? - Perguntou Tai.
- Ai menino, para de ser chato, pensa você em alguma idéia. Ah, já sei!
Deixe-me ver... - Disse Mimi, logo se lembrando de algo, e colocando sua mochila ao chão, abriu o zíper dela, retirando um mapa meio velho de dentro.

Taichi e Sora ficaram boquiabertos. Agumon, Palmon e Biyomon estavam apenas a observar a paisagem ao redor deles.

- D-Daonde você pegou isso? - Questionou Taichi, ainda boquiaberto.
- Da mochila, você não viu não? - Mimi fez uma cara de sonsa. - Tá, meu tio havia me dado, antes de eu vir acampar nesta floresta com vocês.
- Ahh, legal. Pelo menos seu tio se preocupa com você. - Disse Sora, abrindo apenas os cantos de seus lábios. Estava contente.
- É, ele é muito legal sim. Este mapa mostra toda a área da floresta, desde o rio, na entrada da floresta, até uma casa abandonada, que dizem que é uma das mais assombradas de toda Odaiba. A tal casa fica no final da floresta, onde tem uma ponte, e de lá podemos voltar à cidade. - Explicou Mimi, apontando seu dedo para o mapa, toda vez que falava.
- Me dá este mapa aqui! - Tai retirou o mapa das mãos de Mimi. - Deixe eu o analisar...

Ele pensou um pouco. As duas meninas ao lado dele começaram a ficar assustadas, pois não sabiam o que Taichi iria fazer. Agumon retornou para onde os humanos estavam.

- E ai, já resolveu o problema? - Perguntou o monstrinho.
- Tá, pessoal. Vamos ir até a tal casa assombrada. Talvez sejam apenas mitos, ou mentiras. Essa casa não pode ser tão assombrada assim. - Disse Tai.
- Tudo bem então. Vamos Biyomon? - Perguntou Sora, logo a pássaro se virou para trás.
- Vamos. Palmon? - Disse Biyomon.
- Vamos... Apenas espero que Gabumon e Matt estejam bem... Espero... - Ela ficou triste.
- Eles estão bem sim, pode acreditar. Eles sabem se virar sozinhos. - Disse Mimi, tentando mudar a cara de Palmon.

Mimi guardou o mapa dentro de sua mochila, colocou-a nas costas, e seguiu em frente, rumo a tal casa abandonada. Começaram a andar seguindo uma trilha, que era constituída por uma terra mole e úmida. A cada passo que davam, a sola de seus sapatos ficavam sujas.

- Uhh, meus sapatos estão sujos! - Disse Sora, inclinando sua perna para trás e olhando para a sola de seu tênis.
- Sora, não se preocupe com isso, e sim com a procura desta tal casa. Logo depois você poderá limpá-los como bem entender. - Disse Taichi.
- Tudo bem então. Vamos seguir em frente. - Respondeu Sora.

Continuaram a andar. Todos estavam calmos, mas um pouco receosos. Mimi estava mais à frente, juntamente com Palmon. Sora e Biyomon seguiam atrás, e Taichi e Agumon atrás destas. Agumon estava com muito medo, colocando suas mãos em sua face.

- Tai, estou com um mau pressentimento! - Disse Agumon, receoso.
- E que pressentimento é esse? - Questionou o menino.
- Acho que alguém está nos seguindo! - Disse o monstrinho amarelo, abraçando com medo o parceiro.
- Ah, Agumon! Para de pensar bobagens! - Reclamou Taichi.

Agumon estava olhando atenciosamente para as árvores a seu redor. Ele realmente estava com muito medo. Eis que as árvores e os arbustos ali perto se mexeram.

- Aaaaaaaaaaaaaahhhhh! - Agumon havia tomado um belo susto, fazendo com que o restante da turma na frente parasse, e tomasse sua atenção ao digimon amarelo.
- O que foi, Agumon? - Perguntou Sora.
- E-Eu vi! E-Eu sei que tem alguém nos seguindo! E-Eu tenho certeza! A-Apenas olhem bem através destas árvores! - Explicou Agumon, gaguejando.

Eles olharam para o redor das árvores, mas não viram nada.

- Larga a mão de ser mentiroso! Seu cagão! - Disse Mimi, um pouco nervosa por Agumon ser o culpado de terem parado a caminhada.
- Tá bom... Depois se algum monstro enorme aparacer, não me digam que não avisei... - Disse Agumon, cabisbaixo.
- Vamos seguir em frente! - Disse Mimi, liderando o grupo.

Andaram mais um pouco, e outro grito pôde se ouvir.

- SOCORRO!!!! -

O grupo começou a correr, pensando que o grito de socorro poderia ter vindo da casa abandonada.

- Droga! Estes gritos estão ficando constantes! Vamos rápido, antes que alguém morra! - Avisou Mimi.

Correram tanto que nem perceberam que chegaram numa encruzilhada. Esta encruzilhada possuía duas saídas; a que acabaram de sair, e uma outra, que era bem reta, e no final dela, era possível observar alguns morcegos rodeando uma casa abandonada. Acharam-na, finalmente.

- Hum, deve ser aquela casa. - Disse Mimi, indo para o meio da encruzilhada.
- Sim, deve ser ela mesma! - Completou Palmon.
- Bom, se é ela, o que estamos esperando aqui? - Perguntou Sora.
- Vamos. - Disse Mimi, novamente pondo-se como líder da turma.

Eles seguiram na direção da casa. Mimi e Palmon na frente, Sora e Biyomon no meio, Taichi e Agumon atrás. Estavam andando. Mimi e Palmon nem perceberam que, à sua frente, no chão, estava uma rede de pesca, feita de cordas. Sora e Biyomon estavam coladinhas nelas, e também nem perceberam. O único que percebeu foi Agumon que, ao ver a tal rede, acreditou que fosse uma armadilha.

- Cuidado! - Gritou Agumon, tentando evitar que elas pisassem na armadilha.

O grito do pequeno dinossauro foi em vão. As 2 meninas e as 2 digimons pisaram na armadilha; Biyomon estava voando, mas não conseguiu se esquivar, pela tamanha velocidade que a armadilha às pegou, puxando todas para cima. Elas ficaram presas na rede, embrulhadas dentro da armadilha, sem poder escapar. Apenas Taichi e Agumon ficaram por fora.

- Esperem, vou achar um jeito de tirar vocês daí! - Gritou Taichi, correndo na direção da armadilha, que estava suspensa no ar.
- Não dêem mais nenhum passo! –

Assunto: Re: [Digimon] Digimon: O Cálice Sagrado Ter Jun 30, 2009 8:37 pm

~~ Parte 3~~

Um feiticeiro humanóide pula na frente de Taichi e Agumon, jogando-os para trás, e impossibilitando deles salvarem suas amigas presas na armadilha. Ele vestia
uma roupa simples, branca como a neve, com pequenos detalhes verdes. Aparentava ser um pequeno macacão, que ia desde seus ombros até sua perna, que terminava em uma bota de couro marrom, e nelas estava desenhada uma lua cada. O zíper de sua vestimenta terminava em uma figura de uma caveira. Um chapéu de feiticeiro de cor branca estava em sua cabeça; um pano branco estava cobrindo sua face, mostrando apenas seus olhos, que eram azuis, e seus cabelos, que eram loiros. Na capa que ele usava, haviam runas antigas escritas. Em suas mãos usava luvas de couro marrom, e segurava um bastão gelo, com uma figura do elemento no seu fim.

- W-Wizardmon? - Perguntou Taichi, amedrontado com a presença do digimon.
- Não, imbecil, o nome é Sorcerymon, o grande feiticeiro da neve e do gelo. Saiam daqui imediatamente! - Gritou o ser denominado Sorcerymon.
- Por que sairíamos? Ouvimos um pedido de socorro, e ele pode ter vindo daqui! Você machucou alguém? - O adolescente estava curioso.
- Não te interessa! Já disse, saiam daqui, AGORA! - Gritou o feiticeiro, bravo.
- Não vamos sair! Vou resgatar as minhas amigas, e salvar a pessoa que pediu socorro! - Disse Taichi, perdendo o medo.
- Que seja... Crystal Cloud! - O feiticeiro apontou seu bastão para Agumon, e disparou um pedaço de gelo, mas, felizmente, Agumon desviou para o lado.
- Haha! Foi por pouco essa... - Disse Agumon, se safando do ataque.
- Agumon, cuidado, ele está no nível Adulto! - Avisou Tai.
- Como sabe disso, Tai? - Questionou o parceiro do menino.
- O Digivice me contou. - Falou o menino, guardando seu aparelho no bolso.

Dentro da armadilha, Palmon e Biyomon tentavam cortar a rede, para assim poderem escapar. Enquanto isso, Mimi e Sora conversavam.

- Sora? - Perguntou Mimi.
- Sim, o que é? - Respondeu.
- Este digimon, o Sorcerymon, parece alguém que já conhecemos há um tempo atrás, em nossa primeira aventura no Mundo Digital. - Disse Mimi.
- Sim... Se bem me lembro, ele se parece com o Wizardmon! Mas este maneja ataques do elemento gelo. - Explicou Sora.
- Ele deve ser algum parente próximo dele... Mas sei lá, vamos ajudar nossas parceiras! -

As duas digimons continuavam a morder a corda, que já estava um pouco desgastada, e Mimi e Sora foram ajudá-las. Enquanto isso, um pouco mais à frente o feiticeiro lutava contra Agumon e Taichi.

- Temos que bolar um plano! Estou achando que a pessoa que estava correndo perigo era Matt! - Gritou Taichi, enquanto desviava de algumas bolas de gelo de Sorcerymon.
- Não, Gabumon teria ajudado ele já... Cuidado! - Gritou Agumon. - Baby Flame! -

Sorcerymon havia disparado mais uma bola de gelo de seu bastão, mas dessa vez era bem maior. Agumon lançou de sua boca uma bola de fogo, que colidiu com a bola de gelo.

- Maldito! Vai me pagar por isso! - Gritou Sorcerymon, furioso.

As meninas dentro da armadilha tentavam de tudo, mas não conseguiam se libertar. Taichi teve uma idéia tonta, mas resolveu usá-la. Ele correu até uma árvore, e ficou atrás dela. Sorcerymon nem notou isso, pois estava muito ocupado; ora usando seu bastão para disparar bolas de gelo; ora usando sua arma para se defender das bolas de fogo que saíam da boca de Agumon.

- Tenho que pensar em algo... - Ele olhou para todos os lados, mas a única coisa que achou foi uma estaca de ferro. Aquilo seria perfeito para cortar algo, e salvar suas amigas.

Antes de Taichi tentar pular para cortar a corda e libertar suas amigas, Agumon estava no chão, ferido.

- Seu cretino! M-Maldito! Olha o que fez em mim! - Agumon ganhou um pequeno furo em sua barriga, de onde começaram a sair dados. A dor que ele sentia era muito forte.
- Obrigado pelos apelidos. - O feiticeiro tomou sua atenção para os adolescentes. - Agora é sua vez, garoto malcriado!
- Huug! Hugg! Hugg! - Taichi começou a arfar, devido ao cansaço que possuía, graças aos pulos dados por ele.

Taichi caiu sentado no chão, muito cansado. Ficou arfando um pouco, mas nem percebeu que o feiticeiro estava do seu lado.

- Adeus. - Com isso, Sorcerymon ia atacar o menino com seu bastão, mas este se jogou para trás.
- Adeus pra você! - Taichi segurou bem firme a estaca que possuía em suas mãos, e fincou-a no braço direito de Sorcerymon, fazendo com que ele largasse rapidamente seu bastão no chão.
- Arrrrrrrrrrrrrrrrrrgggggghhhh! - O feiticeiro gritou de dor, enquanto seu braço se configurava em dados. Logo ele não possuía mais braço direito, e seu bastão havia sumido.

Sorcerymon caiu ajoelhado no chão, colocando a mão esquerda sobre o solo, a fim de não desmaiar e continuar de pé para enfrentar os inimigos. Ele arregaçou a manga de sua roupa com a boca, e se pôs de pé, novamente.

- Otários. Pensam que eu precisava daquele maldito bastão para atacar? Aquilo era apenas um suporte! Hahahahahahaha! - Ele riu, malignamente.
- A única ajuda que ele tinha era aquele bastão! Não acredito que ele esteja vulgarizando-o desse jeito. - Pensou Agumon.
- Crystal Cloud! - Sorcerymon apertou sua mão firmemente, logo depois a abriu, revelando uma bola de gelo, disparando-a contra Agumon, que foi atingido bem no buraco da barriga, assim cicatrizando rapidamente o ferimento. Realmente ele não precisava daquele bastão.
- Ordinário! Você me curou, obrigado! - Agumon estava pulando de alegria, mais ainda bem cauteloso.
- Merda! Esqueci que meus ataques também curam... Mas não pensei que funcionava em digimons do tipo Fogo! - Disse Sorcerymon, dando tapas em sua cabeça.
- Aquarius Fill! -

Dois gêiseres saíram da terra, cada um de um lado de Sorcerymon. Ele reuniu os dois em um só, provocando uma espécie de cúpula transparente, que ficou em volta de todos, até da armadilha. Os movimentos dos humanos ficaram lentos, e as meninas na armadilha não conseguiam se soltar de lá. Taichi estava correndo, mas parou subitamente.

- Agumon... Tenha cuidado! - Disse ele, vagarosamente.
- Hahaha! Este é o poder de anos de treinamento... Crystal Cloud! - Novamente, Sorcerymon carregou uma grande esfera de gelo, e disparou-a na direção de Taichi, o jogando metros para trás. Isso fez com que a fúria de Agumon aumentasse muito, e ele deu um grito muito alto:

- TAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIII!!!!! -

O digivice do menino saiu do bolso dele, e começou a flutuar no ar. O aparelho disparou uma grande energia branca, na direção de Agumon. Uma enorme e brilhante aura branca ficou rodeando-o, e ele começou a mudar de forma.

- Agumon digivolve para... -

Agora ele havia se transformado num enorme dinossauro laranja, com algumas listras azuis em seu corpo. Continuou com as garras e dentes afiados, e seu rabo aumento de tamanho. Seus olhos agora eram vermelhos, sinal de muita fúria. Usava um capacete marrom em sua cabeça, e no mesmo local havia ganhado três grandes chifres.

- Greymon!!! -

O feiticeiro ficou abismado com o ocorrido. Ele estava pensando que poderia ser fritado ou esmagado a qualquer momento. Resolveu ficar calado, mas depois de um tempo, decidiu atacar.

- Você apenas mudou de tamanho, mas não tem o mesmo potencial que eu! Crystal Cloud! - Disse Sorcerymon, disparando de sua mão a esfera de gelo.
- Fire Wall! - Gritou Greymon, cravando suas garras no chão, fazendo com que uma enorme barreira de fogo surgisse em sua frente, destruindo a esfera de gelo.
- Maldito! - Gritou Sorcerymon.
- Isso é só o começo. Mega Flame! - Bradou Greymon, disparando uma enorme bola de fogo de sua boca contra a cúpula, desfazendo-a, fazendo com que todos voltassem ao normal.
- Vai lá, Greymon! Acaba com ele! - Gritou Sora.
- Tudo bem! Mega Flame! - Novamente ele disparou a bola de fogo, mas dessa vez na direção de Sorcerymon. Este apenas pôs seus braços na frente de sua cara, para evitar o ataque.

A bola de fogo que Greymon havia disparado ia rapidamente em direção ao feiticeiro. A única coisa que vinha a sua cabeça era se defender. A bola de fogo o atingiu, fazendo com que ele fosse arrastado alguns metros para trás. Mas ele não havia percebido que Greymon vinha, a toda velocidade, preparando outro ataque.

- Great Antler! - Greymon estava em disparada contra Sorcerymon, posicionando seu chifre na frente de seu corpo. Ele fincou o chifre no peito de Sorcerymon, que rapidamente explodiu em dados, e simplesmente sumiu.

Antes de qualquer coisa, Greymon apenas arfou um pouco, bastante cansado. A batalha fora vencida, e todos estavam felizes.

- Meninas, para trás! -

Com Greymon dizendo isso, o grupo de meninas preso dentro da armadilha foi para a parte mais longínqua de Greymon. Ele disparou uma pequena bola de fogo na rede, que foi queimando aos poucos. Logo as meninas e as digimons já estavam de pé no chão, fora da armadilha e do perigo. Sora e Mimi estavam a limpar suas roupas.

- Arrgh! Nunca mais saio de casa sem ser algo muito importante! - Reclamou Sora.
- Ahh, Sora! Até que foi uma aventura e tanto! - Disse Mimi, com uma cara de surpresa.
- Cadê o Matt e o Gabumon? - Questionou Taichi.
- Aqui! -

Yamato e Gabumon saíram de trás de umas árvores que estavam ali perto. Por sinal, os dois estavam muito bem, sem ferimentos nem nada.

- Por que não nos ajudaram? - Perguntou Agumon.
- Bom, digivolveu e estava com a bola toda, então, nem resolvemos estragar sua festinha com o feiticeiro da neve. - Explicou Matt.
- Estão bem? - Perguntou Biyomon.
- Sim, graças a Deus. - Respondeu Matt.
- Eu também estou... - Disse Gabumon, meio corado.
- Que bom, meu amor! Fiquei receosa de que algo ocorresse com você! - Palmon veio correndo, abraçou com firmeza o lobo, e logo depois lascou um selinho nele.
- Hum, que legal! Temos um novo par de pombinhos na turma! Hihi! - Disse Mimi, gargalhando.

O grupo ficou as risadas. Estavam muito felizes de que todos estavam bem. Começaram a caminhar um pouco, e logo estavam na casa abandonada. Eles bateram na porta, mas ninguém respondeu. A casa era uma espécie de sobrado, feita totalmente de um mármore bem antigo, de cor cinza. Matt abriu a porta, que fez com que alguns ruídos fossem ouvidos.

- Ahh, aqui está bem mais quente... - Disse Sora, passando suas mãos em seus braços.
- Ei, o que é aquilo? -

Palmon apontou para um fiasco de luz que viera de uma sala atrás. Eles foram investigar, e encontraram um estranho objeto, flutuando no ar, poucos centímetros acima do chão. Yamato, como era o mais corajoso da turma, resolveu segurar o tal objeto.

- Que legal! Parece ser um cálice, com algumas runas estranhas... - Disse Matt, surpreso.
- Deixe-me ver! - Agumon pegou o objeto na mão, mas passou-o para Taichi observar.
- Não reconheço isso. - Disse, entregando o cálice para Gabumon.
- Eu conheço este cálice! É lá do Mundo Digital! O que ele deve estar fazendo aqui? - Questionou o lobo, a si próprio.
- Nem sei hein! - Disse Sora.
- Eu reconheço esas runas! Aqui está escrita alguma frase... - Explicou Gabumon.
- Então leia logo! - Disse Biyomon.
- Então, lá vai: "Solus cancelus solus, lunus cancelus lunus. Abrir portal para um novo mundo!"

Quando Gabumon terminou de ler a frase na língua estranha, um enorme portal foi aberto, na frente de todos. Tudo começou a voar: folhas, livros, tudo. Eles tentaram se segurar, mas foi em vão. Começaram a ser sugados para dentro do portal.

- Eu e minha boca! - Dizendo isso, Gabumon foi sugado pelo portal, juntamente com Agumon, Biyomon, Palmon, Taichi, Mimi, Matt e Sora.

Onde será que foram parar? Aventuras os aguardam? Correrão perigos? Conseguirão voltar para casa? Veja isso e muito mais no primeiro capítulo de Digimon - O Cálice Sagrado.

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Comentem! É isso ai, os capítulos são demasiado grandes, pois fiz eles prum torneio. Bom, possúem apenas 5 capítulos, então, talvez domingo, eu venha postar o primeiro capítulo. Até mais ^^

Assunto: Re: [Digimon] Digimon: O Cálice Sagrado Qua Jul 01, 2009 1:31 am

E o Cálice Sagrado chegou ao The Writers. Smile

O prólogo foi bem legal, com mistério e ação na medida certa. Recomendo a todos os membros do fórum a leitura desta fic para saberem que tipo de aventuras os escolhidos e seus companheiros digimons enfrentarão, eu já li e foi muito boa. Cool